Eu tenho medo, sabia?
Tenho visto que em mim ainda há um coração frágil.
Um coração que pede por um amor.
Mas nem ele mesmo sabe o que quer.
Tenho que ponderá-lo.
Não deixar ele bater tão forte.
Não deixar ele bater tão forte.
Porque aprendi a ter medo.
Um medo bom. Um mecanismo de defesa que me ajuda a pensar antes de fazer.
Que me faz lembrar as conseqüências que posso encarar com meus atos e palavras.
Mesmo assim me mostro irresponsável diante das minhas decisões.
Porque mesmo sabendo que o caminho leva em direção ao escuro, eu insisto em seguir.
Não consigo domar minhas vontades.
Nada mais é como antes.
Eu alimentei meus desejos como alguém que tenta domesticar um animal selvagem.
Dei de comer à eles e eles cresceram e já não consigo estabelecer um controle sobre eles.
Enfim vejo que meu auto-controle está distante.
Basta olhar pra mim e ver que não sou aquilo que era.
Me sinto culpado por não ter pulso firme com meus sentimentos.
Por eles quase sempre me dominarem e eu esquecer da razão.
Tornei meu coração o habitat do animal selvagem que chamo de vontade.
Mas ainda não perdi as esperanças de vencer a mim mesma.
Porque a maior batalha é travada dentro de nós.
A luta do espírito contra a carne.
A luta da razão contra a emoção.
A luta da verdade contra a mentira.
A luta da luz contra as trevas.
A minha luta.
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